Abandono. *Texto para reflexão*

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Eu gostaria de saber o que leva as pessoas a abandonar animais. É porque não são humanos? Não. Tanto que o fazem com crianças, também. Mas é diferente. Geralmente, as mães abandonam em casas, instituições ou jogam em rios, mas raramente isso é feito com violência.
A explicação pode ser simples: a mãe, sendo ela que gerou o filho, criou um laço, uma ligação, mesmo inconscientemente. Se já é difícil abandonar uma criança à própria sorte sem conhecê-la, imagine sendo a mãe.
Não gosto de comparar os cães com seres humanos. Alguns podem até me julgar por isso, oras. Animais não pensam, não tem alma. Humanos, sim. Falam, sentem, interagem... E por aí vão os argumentos.

E é nesse caminho que o homem fica tão violento com os animais. Afinal, supostamente ninguém sentirá falta deles. Eles nem pensam mesmo. Por que seria errado, por que seria mal-trato?

Esse é o grande problema da humanidade. Está com raiva? Desconte no outro. Não pode fazer isso? Mate cruelmente um animal. Pise nos que estão doentes. Abandone por que o filhotinho cresceu demais e está dando trabalho, e faça-o jogando-o nas ruas. Não é errado, porque não é humano, por que não é a mesma espécie.

Sinceramente, podemos ter evoluído muito. Mas nossa consciência ainda é muito primitiva. Doentia, até.

Claro. Os humanos têm que vir em primeiro lugar, mas isso não quer dizer que podemos acabar com a nossa biodiversidade. A beleza das diferentes espécies, da natureza brincando com as cores e formas, mas cada uma encaixando-se no seu lugar. Um quebra-cabeça complexo. E belo.

Para quê destruir, então? Porque não preservar? Cultivar as diferenças?

E o pior é que o melhor amigo do homem é que recebe mais maltrato. Os cães confiam e amam incondicionalmente. Alguns se tornam ferozes. Mas por puro medo; pelo trauma causado pelo próprio homem.

Quando vir algum cachorro abandonado – ou qualquer outro animal -, no mínimo ligue para a veterinária mais próxima. Irão recolher o animal, e, na melhor das hipóteses, conseguirão arranjar-lhe novos donos.

Quem dera poder chamar uma ambulância para um mendigo nas ruas, arranjar-lhe um lar e emprego.

Mas foram nos pequenos e curtos passos que a tartaruga venceu a lebre, não foram?

(Scarlet Gianasi Viana)

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